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Importância níveis sanguíneos

A importância dos níveis de progesterona na transferência de embriões congelados

Eu sempre fui uma “defensora” no controle hormonal após a transferência de embriões, nem sempre realizado por todas as clinicas de Reprodução Assistida. Sabemos, há décadas, que a progesterona tem papel fundamental na manutenção da gestação até 12 semanas (principalmente até a nona quando a placenta sozinha ainda não consegue produzir quantidade suficiente para manter a gestação). Trabalhos científicos da década de 70 já mostravam que a retirada do corpo lúteo levava a abortamento (Csapso, 1972,1973).

Além de função anti-inflamatória e imunomoduladora, a progesterona causa vasodilatação local e o relaxamento da musculatura uterina, fundamentais para a manutenção da gestação.

Vários trabalhos já mostraram associação entre o benefício na suplementação de estrógeno e progesterona pós-transferência e a taxa de sucesso após a FIV (Meta Analise de Xiao – Mei Zhang, 2015).

Em relação a dosar e ajustar os níveis hormonais após o tratamento o assunto sempre foi muito controverso entre os especialistas, porém, eu sempre fui da opinião que, devido à importância dos hormônios nesta fase não custa nada realizar os exames e ajustar a dose quando o nível sanguíneo está baixo visto que muitas mulheres podem ter diferença na absorção das medicações por vias vaginal, oral, transdérmica, intramuscular ou subcutânea (infelizmente ainda não disponível no Brasil).

Em 2017 Labarta e colaboradores demonstraram que a taxa de gravidez era significativamente maior em mulheres com progesterona acima de 9,2 ng/ml no dia da transferência embrionária em ciclos preparados de ovo doação (52% no grupo com progesterona maior que 9,2 x 32% no grupo com progesterona mais baixa). Resolveram então fazer um estudo prospectivo para verificar se era possível aumentar a taxa de gestação ajustando a dose de progesterona a partir desta data ou se seria melhor cancelar os ciclos quando a progesterona fosse baixa no dia da TEC.

Com dados ainda não publicados deste ano verificaram que é possível sim, aumentando a dose de progesterona no dia da TEC quando a mesma esta abaixo de 9,2ng/ml igualarem a taxa de gestação nos dois grupos. Verificaram que podemos corrigir os níveis hormonais de 3 em cada 10 mulheres que teriam níveis baixos e poderiam não engravidar ou perder a gestação por conta da não adequação da progesterona (Labarta et al, 2020 – a ser publicado).

Verificaram ainda, a importância e correlação dos níveis sanguíneos da progesterona após a transferência (no quarto, sétimo e 11 dias após a TEC).

Vou colocar aqui alguns gráficos mostrando as afirmações acima bem como o link para a aula do Youtube com a Dra. Elena Labarta para quem gostar e quiser se aprofundar nos detalhes!

https://www.youtube.com/watch?v=5TrfcCDMzY8

 

A importância dos níveis sanguíneos de progesterona no dia e após a transferência de embriões congelados

 

A importância dos níveis sanguíneos de progesterona no dia e após a transferência de embriões congelados

 

A importância dos níveis sanguíneos de progesterona no dia e após a transferência de embriões congelados

 

A importância dos níveis sanguíneos de progesterona no dia e após a transferência de embriões congelados

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