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LESS IS MORE – Tendência atual – Mínima estimulação ovariana em ciclos de FIV

Acabei de chegar do 6th Congresso Mundial de Indução da Ovulação (Nápoles, Itália). Apresentei um trabalho sobre uma nova possibilidade para o controle da síndrome de hiperestimulo ovariano e como sempre, após assistir a várias excelentes palestras paro para refletir sobre os principais temas.

É interessante e gratificante verificar que muitas coisas que observo na pratica diária de consultório acaba sendo publicado e comprovado cientificamente após algum tempo. Muitos assuntos interessantes foram discutidos porem o que mais enfaticamente se falou foi em relação à quantidade de medicação usada nas induções para FIV.

World congress ovulation induction 2010

Precisamos de doses tão altas??

Não.

Vários novos estudos comprovam os efeitos deletérios de altas doses de FSH/LH na qualidade ovular, embrionária e endometrial. Em pacientes com boa resposta o grande numero de óvulos (acima de 10) por aumento de medicação, muitas vezes, não se traduz em maior taxa de gravidez. Pelo contrario, aumenta o numero de óvulos anormais e piora a qualidade endometrial. Em pacientes com mais de 38 anos, nas quais já esperamos um numero de óvulos menor também não adianta dar doses altíssimas, a reserva ovariana não vai mudar.

Não precisamos de doses altas para termos 3 ou 4 óvulos, com doses menores teremos o mesmo numero e muito provavelmente de melhor qualidade.

Um dos trabalhos mostrou que a % de óvulos anormais quando a paciente produz entre 1 a 5 óvulos é de aproximadamente 23%, entre 6 a 10 óvulos – 35% e mais de 10 óvulos chega a 51% de alterações cromossômicas.

Faz tempo que “bato nesta tecla”, mas muitas vezes velo a carinha triste e de frustração das pacientes quando vão fazer o ultra-som e digo que temos, por exemplo, 7 folículos. Está ótimo!! Não precisa de mais!O importante é a qualidade e não a quantidade, tanto que na Itália a política é transferir apenas 1 embrião. Não sou assim tão radical, mas em termos de indução da ovulação este é o conceito atual: LESS IS MORE.

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